Conteúdo retirado do vídeo:
Fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se veem. Isso não sou eu quem estou dizendo, mas sim o autor do livro de Hebreus. E é sobre essa palavra tão pequena de escrever e tão grande de sentir que quero conversar com vocês hoje!
Eu posso ter começado este vídeo citando a Bíblia, mas a fé vai muito além da religião, independente de qual seja a sua. Você pode até não ter uma religião e ainda assim ter fé, pois ela é algo pessoal, ligada à espiritualidade, a uma busca para compreender as respostas de questões fundamentais da vida.
Um ateu por exemplo, pode ser alguém muito espiritualizado, em uma busca pessoal por um propósito de vida e de evolução, envolvendo também as relações com a família, a sociedade e o ambiente.
Quando temos fé em algo, sentimos paz em relação a esse algo. E esse sentimento de paz nos deixa em um estado de harmonia, que contribui para a nossa saúde. E isso, mais uma vez, não sou eu quem estou dizendo, mas sim diversas crenças e também a ciência!
Para o budismo, por exemplo, quando estamos doentes, a fé nos dá confiança em algo que não se pode dar um nome, mas que existe e que é capaz de curar.
Cristo, ao ser tocado por uma mulher que por 12 anos sofria de hemorragia, disse: “Filha, a tua fé te curou; vai em paz”. Ao curar o cego na entrada de Jericó, falou: “Vê de novo; tua fé te salvou”.
Parece que para os milagres acontecerem, é preciso ter fé, não é mesmo?
Mas e a ciência, o que ela tem comprovado sobre a importância da fé na saúde? Para começar, a Organização Mundial da Saúde reconhece a espiritualidade como um fator que pode gerar equilíbrio e refletir de forma positiva na nossa saúde física e mental.
Nos Estados Unidos, grandes instituições de ensino como a Escola de Medicina de Stanford, as Universidades de Duke, Flórida, Texas e Columbia mantêm centros de estudos exclusivos sobre o assunto, assim como a Universidade de Munique, na Alemanha e de Calgary, no Canadá. Aqui no Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o Instituto de Psiquiatria da USP e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora são exemplos de instituições que têm investigado o quanto a espiritualidade auxilia na cura de doenças.
E como eu disse agora há pouco, a fé não precisa estar relacionada a uma divindade ou força superior. Os cientistas garantem que basta ter uma forte crença em algo, para surgir o que os médicos e terapeutas chamam de coping: a capacidade humana de superar adversidades. Além disso, sentimentos como raiva, rancor e medo são menos intensos no paciente, e assim até o seu organismo fica menos intoxicado, reagindo melhor aos tratamentos.
Mas isso não pode ser confundido com ideias como a de que a doença é um castigo divino, ou de que a cura virá apenas pela fé. Deus, ou o que quer que você acredite, não faz o que devemos fazer! A gente sabe que o que a gente come pode manter nossa saúde ou causar uma doença no futuro. A gente sabe que precisa de atividade física, e decidimos fazer ou não, mesmo que isso represente mais ou menos anos de vida. Ou seja, a gente sabe que é preciso ter cuidados preventivos! E quando a doença está instalada, a gente precisa ter consciência de que também é preciso tratamento.
Você tem alguma religião? Então estude seus ensinamentos, reze, ore, medite...mas continue seguindo à risca todas as orientações médicas! Se sua fé é em Deus, ou outra divindade, confie também na medicina, nos cientistas e em tanta gente que dedica suas vidas à promoção da saúde!